08 março, 2011

A Celebração de 08 de Março

Traz uma oportunidade de reflexão sobre as conquistas que




as mulheres vêm obtendo – a um custo de muitos desafi os, inclusive




de suas próprias vidas – para que todas e todos usufruam




de um mundo igual e justo. Debater e refl etir sobre a situação




das mulheres no mundo é muito importante não somente nesta




data, mas em todos os dias. Afinal, são séculos e séculos de patriarcalismo:




sistema de ideias e de comportamento estruturado




para privilegiar e manter o poder apenas dos homens.




Para mudar esta situação, é necessário (re)conhecer ao menos




duas coisas: as implicações cruéis deste sistema que oprime,




inferioriza e humilha as mulheres; e contribuir com ações,




ideias e políticas que possibilitem a equidade entre os sexos.




Entre celebrações e reivindicações, a data é também utilizada




como um momento para que todas e todos refl itam sobre




o tratamento que as mulheres – adultas, idosas, jovens e meninas




– vêm recebendo secularmente:

maus tratos, violência física e sexual, assédio moral e




desrespeito de todo o tipo. A data nos faz lembrar, que apesar das




8 DE MARÇO:




conquistas, a mulher ainda tem muitos problemas a enfrentar.




Os principais objetivos a serem alcançados e ininterruptamente




perseguidos pelos movimentos sociais em todo o mundo são a




eliminação da violência, do preconceito e da desvalorização da




mulher, que ocorrem em todos os segmentos sociais.




A violência contra a mulher ou violência de gênero ocorre




tanto no espaço privado quanto no espaço público e se confi




gura numa grande violação dos direitos humanos. Atualmente




a visibilidade sobre este tipo de violação tem aumentado




e, através do controle e monitoramento dos movimentos




sociais, principalmente o das mulheres, algumas políticas




de proteção e de promoção dos direitos humanos têm sido




postas em práticas.




Por Edmeire Exaltação*




DIA INTERNACIONAL DA MULHER




É no ambiente familiar e doméstico, local em que deveria




estar mais protegida, onde se encontram as maiores ameaças




de violência contra a mulher. Os homens da família sentem-se




‘donos’ das mulheres: estupros, abusos sexuais, espancamentos,




sevícias, ameaças, expulsão e xingamentos fazem parte do




cotidiano da vida das mulheres e meninas. A cultura de que esta




é uma situação de foro privado, juntamente com o medo e a vergonha




das vítimas, contribuem para que os agressores sintamse




à vontade e fi quem impunes. Mesmo com a vigilância de várias




organizações de mulheres e das políticas públicas em vigor em




vários países, inclusive no Brasil, não há indícios de que a violência




de gênero esteja diminuindo.




Apesar de cada vez mais corajosamente denunciarem os abusos




que sofrem, ainda persistem em todas as instâncias sociais as diferentes




formas de violência comumente dirigidas às mulheres.




A eliminação da cultura da aceitação e da impunidade dos




agressores são fundamentais para a diminuição deste grande




problema considerado como epidêmico em nosso País.




*Coordenadora Geral do Centro de Documentação e Informação Coisa de Mulher

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