Traz uma oportunidade de reflexão sobre as conquistas que
as mulheres vêm obtendo – a um custo de muitos desafi os, inclusive
de suas próprias vidas – para que todas e todos usufruam
de um mundo igual e justo. Debater e refl etir sobre a situação
das mulheres no mundo é muito importante não somente nesta
data, mas em todos os dias. Afinal, são séculos e séculos de patriarcalismo:
sistema de ideias e de comportamento estruturado
para privilegiar e manter o poder apenas dos homens.
Para mudar esta situação, é necessário (re)conhecer ao menos
duas coisas: as implicações cruéis deste sistema que oprime,
inferioriza e humilha as mulheres; e contribuir com ações,
ideias e políticas que possibilitem a equidade entre os sexos.
Entre celebrações e reivindicações, a data é também utilizada
como um momento para que todas e todos refl itam sobre
o tratamento que as mulheres – adultas, idosas, jovens e meninas
– vêm recebendo secularmente:
maus tratos, violência física e sexual, assédio moral e
desrespeito de todo o tipo. A data nos faz lembrar, que apesar das
8 DE MARÇO:
conquistas, a mulher ainda tem muitos problemas a enfrentar.
Os principais objetivos a serem alcançados e ininterruptamente
perseguidos pelos movimentos sociais em todo o mundo são a
eliminação da violência, do preconceito e da desvalorização da
mulher, que ocorrem em todos os segmentos sociais.
A violência contra a mulher ou violência de gênero ocorre
tanto no espaço privado quanto no espaço público e se confi
gura numa grande violação dos direitos humanos. Atualmente
a visibilidade sobre este tipo de violação tem aumentado
e, através do controle e monitoramento dos movimentos
sociais, principalmente o das mulheres, algumas políticas
de proteção e de promoção dos direitos humanos têm sido
postas em práticas.
Por Edmeire Exaltação*
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
É no ambiente familiar e doméstico, local em que deveria
estar mais protegida, onde se encontram as maiores ameaças
de violência contra a mulher. Os homens da família sentem-se
‘donos’ das mulheres: estupros, abusos sexuais, espancamentos,
sevícias, ameaças, expulsão e xingamentos fazem parte do
cotidiano da vida das mulheres e meninas. A cultura de que esta
é uma situação de foro privado, juntamente com o medo e a vergonha
das vítimas, contribuem para que os agressores sintamse
à vontade e fi quem impunes. Mesmo com a vigilância de várias
organizações de mulheres e das políticas públicas em vigor em
vários países, inclusive no Brasil, não há indícios de que a violência
de gênero esteja diminuindo.
Apesar de cada vez mais corajosamente denunciarem os abusos
que sofrem, ainda persistem em todas as instâncias sociais as diferentes
formas de violência comumente dirigidas às mulheres.
A eliminação da cultura da aceitação e da impunidade dos
agressores são fundamentais para a diminuição deste grande
problema considerado como epidêmico em nosso País.
*Coordenadora Geral do Centro de Documentação e Informação Coisa de Mulher
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DÊ AQUI SUA OPINIÃO, PARTICIPE.